TGV
De toda a polémica que tem vindo a lume nos ultimos dias, sobre se vale ou não a pena avançar para a construção de uma linha de alta velocidade que ligue o nosso cantinho ao resto da europa, entendo que falta dizer o essencial.
O essencial é, para mim, saber se quando inaugurarmos o TGV com foguetes e festa rija, vamos estar mais próximos da europa.
Na minha opinião, embora estejamos mais próximos em termos de tempo, continuaremos à mesma distância ou ainda mais longe do que actualmente estamos, do ponto de vista tecnológico.
No tempo em que o TGV foi lançado pelos japoneses e pelos franceses em Portugal discutia-se quando se fecharia a primeira autoestrada do pais, a A1.
Entretanto nós contruimos muitas autoestradas e os restantes paises desenvolvidos, mais uma vez os japoneses e paises do centro da europa, pensavam no próximo passo a dar em matéria de transporte ferroviário.
O meu receio é que no dia em que inaugurarmos o TGV, seja anunciado por esses paises que o próximo passo a tomar nas ligações de alta velocidade será o MAGLEV, anunciando a morte do TGV e a sua substituição.
Porquê apostar hoje no TGV e numa ligação a espanha pouco ou nada rentável, o avião faz a ligação em menos de metade do tempo e a custos mais acessíveis.
Porquê não apostar na implementação de uma técnologia nova, com algumas experiências no terreno, nomeadamente na alemanha e japão aproveitando para no caminho adquirir conhecimentos e experiências que mais tarde poderiamos capitalizar.
Porque não somos nós a dar um impulso começando por ligações entre os nossos centros populacionais do litoral, numa primeira fase, e posteriormente com o interior, dinamizando o pais com ligações rápidas entre litoral e interior onde ainda não existem alternativas ao uso do automóvel.
Assim não vamos longe, o TGV não é a solução para nos aproximar-mos da europa mas sim para nos manter afastados dela.
sábado, dezembro 17, 2005
sexta-feira, outubro 14, 2005
Tiradas
# 1
No meu constante combate contra o cinzentismo e contra as coisas pré-estabelecidas neste mundo, tomei a decisão de nomear os diferentes elementos das estruturas por nomes próprios.
Assim ao invés de termos o pilar P11 ou o P66, teríamos o pilar Joaquim ou Afonso…
Já pensaram como as obras se tornariam locais mais animados, como seria mais fácil aos nossos encarregados, que, na sua maior parte, com a sua pouca formação escolar mal sabem ler os números, o fácil que era para eles esta nova nomenclatura, senão vejam este diálogo entre um técnico e um encarregado:
Técnico : Bom dia Sr. Pinto…
Encarregado : Bom dia chorengenheiro…
Técnico : Então como está a obra hoje. Já betonamos os pilares todos?
Encarregado : Não chorengenheiro… Ainda me faltam carregar o Belarmino e o Joaquim.
Técnico : Há senhor Pinto que estamos com a obra atrasada… Mas olhe-me para o Mário, que triste estado…
Encarregado : Oh chorengenheiro isso compõe-se com um bocado de massa fina…
Olhe, está assim porque não se meteu bem o vibrador… Não volta a acontecer…
Mas se por um lado os pilares teriam nomes masculinos já outros elementos teriam forçosamente nomes femeninos, caso das vigas e lajes, por exemplo.
Agora vejam este diálogo com o Sr. Pinto, o nosso encarregado, e o técnico da obra:
Técnico : Oh Sr. Pinto, quando vamos carregar a Liliana?
Sr. Pinto : Na próxima sexta-feira chorengenheiro.
Como podem ver temos pano para mangas...
No meu constante combate contra o cinzentismo e contra as coisas pré-estabelecidas neste mundo, tomei a decisão de nomear os diferentes elementos das estruturas por nomes próprios.
Assim ao invés de termos o pilar P11 ou o P66, teríamos o pilar Joaquim ou Afonso…
Já pensaram como as obras se tornariam locais mais animados, como seria mais fácil aos nossos encarregados, que, na sua maior parte, com a sua pouca formação escolar mal sabem ler os números, o fácil que era para eles esta nova nomenclatura, senão vejam este diálogo entre um técnico e um encarregado:
Técnico : Bom dia Sr. Pinto…
Encarregado : Bom dia chorengenheiro…
Técnico : Então como está a obra hoje. Já betonamos os pilares todos?
Encarregado : Não chorengenheiro… Ainda me faltam carregar o Belarmino e o Joaquim.
Técnico : Há senhor Pinto que estamos com a obra atrasada… Mas olhe-me para o Mário, que triste estado…
Encarregado : Oh chorengenheiro isso compõe-se com um bocado de massa fina…
Olhe, está assim porque não se meteu bem o vibrador… Não volta a acontecer…
Mas se por um lado os pilares teriam nomes masculinos já outros elementos teriam forçosamente nomes femeninos, caso das vigas e lajes, por exemplo.
Agora vejam este diálogo com o Sr. Pinto, o nosso encarregado, e o técnico da obra:
Técnico : Oh Sr. Pinto, quando vamos carregar a Liliana?
Sr. Pinto : Na próxima sexta-feira chorengenheiro.
Como podem ver temos pano para mangas...
sexta-feira, setembro 09, 2005
O sol em mim
Resposta ao "fado"
A alma lusa anda trste, melancólica e vazia de objectivos e ideias. O lado negativo das coisas tem grande acolhimento na nossa alma. Facilmente acolhemos a fatalidade como um dado adquirido, a desgraça como inevitável.
Ora, caros leitores, isso acabou!!!!
Como dizia Vasco Santana no famoso filme do "Patio das Cantigas", "...morte ao fado..." (entenda-se que neste caso a palavra fado não tem a mesma conotação que pretendo dar neste post, mas vocês entendem o propósito), realmente há que acabar com o destino fatalista dos portugueses, e para tal eu proponho o seguinte:
A alma lusa anda trste, melancólica e vazia de objectivos e ideias. O lado negativo das coisas tem grande acolhimento na nossa alma. Facilmente acolhemos a fatalidade como um dado adquirido, a desgraça como inevitável.
Ora, caros leitores, isso acabou!!!!
Como dizia Vasco Santana no famoso filme do "Patio das Cantigas", "...morte ao fado..." (entenda-se que neste caso a palavra fado não tem a mesma conotação que pretendo dar neste post, mas vocês entendem o propósito), realmente há que acabar com o destino fatalista dos portugueses, e para tal eu proponho o seguinte:
- Não vejam os noticiários da televisão nacional;
- Não vejam debates das autárquicas, são deprimentes ao ponto de poderem ser considerados letais à mente humana;
- Não leiam as revistas do coração ou similares;
- Brinquem com os vossos filhos;
- Passeiem pelo pais, não vão para o estrangeiro assim contribuem para a economia nacional;
- Não façam compras nos hiper's, comprem nas lojas de bairro;
- Contactem com os vossos vizinhos, não se fechem nas vossas casas como se o mundo lá fora não existisse;
Bom acho que já têm aqui pano para mangas. Se esta receita não resultar, então devem consultar o vosso médico de familia para vos receitar mais antidepressívos.
sexta-feira, abril 08, 2005
O nascimento
Caros leitores,
Desde já saúdo a vossa visita a este espaço que acabo de criar.
Neste blog encontrarão as reflexões sobre as venturas e desventuras da vida de um engenheiro civil no mundo das obras públicas e particulares.
Agradeço e solicito a colaboração de colegas e não só, contribuindo com as suas experiências que poderei publicar neste espaço.
Até uma próxima oportunidade...
Manuel Simões
Desde já saúdo a vossa visita a este espaço que acabo de criar.
Neste blog encontrarão as reflexões sobre as venturas e desventuras da vida de um engenheiro civil no mundo das obras públicas e particulares.
Agradeço e solicito a colaboração de colegas e não só, contribuindo com as suas experiências que poderei publicar neste espaço.
Até uma próxima oportunidade...
Manuel Simões
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